sábado, 20 de junho de 2009

Análise: O EXTERMINADOR DO FUTURO - A SALVAÇÃO

Só agora pude conferir O Exterminador do Futuro - A Salvação (ou T4) na telona. O filme cumpre o que promete: muita ação, referências aos filmes anteriores e novos elementos (já que pretende ser o início de mais uma trilogia). Claro que o diretor McG não é nenhum James Cameron, mas conseguiu superar o trabalho de Jonathan Mostow (que fez de Terminator 3 um eficiente filme de ação, mas inferior aos dois primeiros filmes). T4 também não supera os dois filmes de James Cameron (mas também, na humilde opinião deste blogueiro, ninguém nunca vai conseguir superar), mas os fãs não têm do que reclamar.
Muitos chiaram com a escalação de McG; afinal ele foi o diretor dos dois As Panteras. Porém, o diretor conseguiu saciar os nerds de plantão ao introduzir diversas referências aos filmes anteriores, além da escolha acertada dos protagonistas. Christian Bale, além do Batman do novo milênio, também topou assumir o icônico papel de John Connor; o outro protagonista, Marcus Wright, é um misterioso novo personagem vivido pelo ainda desconhecido Sam Worthigton (que, ironicamente, também vai estar em Avatar, o novo filme de James Cameron). Vou comentar as referências mais importantes e alguns elementos do novo filme, mas ATENÇÃO: se você ainda não conferiu o filme nos cinemas, não continue a ler, pois revelarei alguns SPOILERS...
Christian Bale, a nova face de John Connor.


Sam Worthington como Marcus Wright, um novo e misterioso personagem.

O filme situa-se em 2018 (espertamente, o diretor e os roteiristas ainda não chegaram perto de 2029, para não terem -ainda- de lidarem com as questões temporais da série). John Connor já é um eficiente operativo de campo da resistência humana, mas ainda não é o seu líder geral, liderando apenas um dos focos de resistência espalhados pelo planeta. Entretanto, já existe uma lenda ao redor de seu nome, sendo que todos já ouviram falar dele (por rádio, ele se comunica com todos os focos de resistência, e, ao que parecem, todos seguem seus conselhos). Mas o início do filme é em 2003, com a introdução de Marcus Wright, um condenado à morte que doa seu corpo à ciência (mais precisamente, à uma certa empresa chamada Cyberdine Sistems), o que terá grandes consequências no futuro, já que ele surge, aparentemente normal, logo após uma ação da equipe de Connor que resulta na morte de todos, exceto do futuro líder. Quando surge a oportunidade de um ataque final definitivo contra a central Skynet, Connor tem que fazer uma tentativa desesperada de salvar Kyle Reese, seu futuro pai, então apenas um adolescente (Anton Yelchin, o Chekov do novo Star Trek) e o destino dele e o de Marcus se cruzam, revelando um importante segredo sobre a nova natureza de Marcus.
O elenco feminino também é ótimo: além de Helena Bonhan Carter em uma participação especial, temos Bryce Dallas Howard, mais bela do que nunca, como Kate, a esposa de John Connor (vivida por Claire Danes em T3). Mas a melhor participação feminina é de Moon Bloodgood, vivendo uma guerrilheira da resistência que se envolve com Marcus. A personagem herda o espírito de Sarah Connor no novo filme, pois, embora bela e sensual, não deixa de ser durona, protagonizando grandes cenas de ação.
Bryce Dallas Howard, como Kate Connor.
A deliciosa revelação Moon Bloodgood.
REFERÊNCIAS: McG não podia arriscar uma franquia tão importante; portanto recheou T4 com diversas referências aos filmes anteriores, principalmente os dois primeiros. Vou relacionar as mais importantes...
- Duas frases não poderiam faltar: "I´ll be back" ("Eu vou voltar", dita por Schwarzenegger em todos os três filmes) sai da boca de John Connor quase no final, quando ele se despede da esposa para tentar resgatar Kyle; e o próprio Kyle repete o famoso "Come with me if you want to live" ("Venha comigo se quiser viver", assim como Michael Biehn em T1 e Schwarza em T2) ao resgatar Marcus de um T-600.
- Quando John captura uma "moto exterminadora", usa uma música para atraí-la: "You could be mine", do Guns´n Roses, um dos pontos altos da trilha de T2.
- As gravações em k7 de Sarah Connor para John no final de T1 e a sua foto (que é dada a Kyle por John antes do primeiro viajar no tempo) são usadas por John Connor em T4, quase como guias espirituais, quando ele se enche de dúvidas sobre sua missão e seus aliados.
- Na luta contra o exterminador malvadão, algumas cenas emulam lutas dos filmes anteriores: quando ele sobe as escadas do mesmo modo que na fábrica no final de T1 e quando John derruba metal fundido sobre ele para depois resfriá-lo, assim como em T2.
- Em T2 e T3, são mostradas imagens de John Connor adulto com uma cicatriz no rosto. Em T4, McG mostra como John ganhou a cicatriz!
- A maior e mais importante referência, claro, é a aparição de Schwarzennegger no final! Aliás, do mesmo modo que em T1, no auge da juventude e forma física! Schwarza não topou participar do filme devido aos seus compromissos como governador da Califórnia, mas cedeu seus direitos de imagem para que McG pudesse criar uma cópia digital com a mesma aparência que o ator tinha em 1984, numa cena espetacular! Claro que é o melhor momento do filme!
Pai e filho(!) lutando juntos.
Uma presença obrigatória...
T4 não é um filme perfeito, deixando de abordar alguns temas como deveria (viagens no tempo nem são mencionadas no filme; o tão esperado primeiro encontro de John e Kyle não tem o impacto emocional esperado, e a trilha de Danny Elfman não chega aos pés da de Brad Fiedel -embora seja melhor que Marco Beltrami em T3), e muitos furos no roteiro, mas dá pra ver que McG é fã da franquia, dando aos fãs o que eles esperam: ação desenfreada, referências e homenagens aos filmes anteriores e novos rumos. Resta saber como os novos filmes abordarão a mitologia da franquia, respeitando a complicadíssima cronologia de uma das maiores e mais amadas cinesséries de ficção científica e ação de todos os tempos. HASTA LA VISTA, BABY!

Nenhum comentário:

Postar um comentário