domingo, 13 de setembro de 2009

Análise: B13 - ULTIMATO


Um dos melhores filmes de ação e pancadaria da safra 2003/2004 não foi da China, Japão ou EUA, mas da França! 13o Distrito (Banlieue 13, ou somente B13) foi lançado aqui somente em DVD, mas se tornou um dos filmes mais cultuados pela mistura frenética de temática futurista, artes marciais e parkour, o esporte francês que consiste em escalar e pular obstáculos como muros, sacadas e escadarias. Só podia ter saído da cabeça maluca do Luc Besson, que produziu o filme. Na história, Damien (Cyril Raffaelli) e Leito (David Belle), num futuro próximo, tentavam salvar o bairro 13 (fechado por muros para conter a criminalidade) da ameaça de um míssil e, ao mesmo tempo, salvar a irmã de Leito, sequestrada pelo vilão. Com o sucesso, é claro que se esperava uma sequência, apesar de ter demorado um pouco (mais de 5 anos)...

Cyril Raffaelli é um ótimo artista marcial, e pode ser considerado o "Jackie Chan francês", tendo feito várias participações em filmes conhecidos (ele foi um dos gêmeos que enfrentaram Jet Li em O Beijo do Dragão e um dos capangas do vilão principal em Duro de Matar 4.0) e David Belle foi simplesmente um dos criadores do parkour (esporte que já tinha rendido dois filmes já lançados aqui, Yamakasi e Filhos do Vento). Os dois formaram uma bela dupla de protagonistas, que se repete na continuação, o esperadíssimo B13 - ULTIMATO.

Três anos depois, as promessas de derrubar os muros e melhorar o bairro não se concretizaram, apesar das mudanças no governo (um novo e aparentemente justo presidente). O chefe de uma unidade de elite da polícia simula um ataque de gangues do bairro 13 a policiais para justificar uma intervenção mais direta do governo. O que ele quer é que o bairro seja demolido, pois receberia uma gorda comissão da empresa que reconstruiria o bairro. Leito se apodera de uma prova do esquema, e é perseguido pelos policiais corruptos. Damien, por sua vez, é preso injustamente para que não interfira. Leito liberta Damien e os dois se unem aos líderes das diferentes etnias do bairro para impedir a sua destruição. Como no primeiro filme, os destaques são as cenas de ação, em especial as perseguições a Leito, que rendem insanas sequências de parkour, e as lutas de Damien contra dezenas de adversários. Outra presença interessante é Tao, uma deliciosa líder da facção oriental do bairro, que luta com uma trança com uma lâmina dupla na ponta!
Quem gostou do filme original não vai se desapontar, pois Ultimato oferece as mesmas características: cenas de ação alucinantes e ritmo frenético. Entretanto, fica aquela sensação de "está faltando alguma coisa". Talvez seja a falta de expectativa do filme original, pois ninguém conhecia nada da história e dos personagens, e quem assistiu ficou boquiaberto com as alucinantes cenas de ação. Agora, a expectativa é maior, e quem espera sequências 10 vezes mais turbinadas pode se decepcionar, pois o filme entrega o mesmo grau de diversão do filme anterior: nem mais, nem menos. Mas confira sem medo. Que os franceses continuem fazendo, além dos filmes de arte chatos, pérolas de ação como essas! Uma curiosidade é a trilha sonora: é muito estranho ouvir um rap em francês!

Um comentário:

  1. É isso aí Erick! Gostei do seu blog, como também curti pra caramba o 13º Distrito.

    Tô louco pra conferir O Ultimatum, quero pegar o DVD pela locadora, e tá difícil conseguir.

    Considero Cyril Raffaelli atualmente o melhor ator ocidental do gênero e um coreógrafo notável. E com Luc Besson produzindo seus filmes, fica melhor ainda.

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